segunda-feira, 22 de março de 2010

Revoltada.com

Sonhava realidades e realizava sonhos. Às vezes, gostava de escrever a própria história e, em outras, apreciava representar as histórias que inventava. Não tinha compromisso com a verdade e tampouco com a mentira, mesclava as duas. Mas era sempre sincera, não com todos, mas com ela própria, embora nunca fosse a mesma todos os dias. Era múltipla. Ao acordar, nunca sabia qual mulher a esperava no espelho e só ao se defrontar com ela, escolhia a história real que viveria naquele dia.

Quando aquele homem a olhou nos olhos e perguntou se poderia ter esperança, ela disse que sim, mesmo sabendo não ser verdade, mas também não era mentira, ele era dono do seu destino, das suas vontades, poderia ter o que quisesse ter, não era problema dela, mas nunca a teria.

Sempre foi assim, quando tinha quatorze anos, o padre lhe perguntou, em confissão, quais os seus pecados, não tinha o que contar, mas não queria decepcioná-lo, já que ele se julgava o grande salvador dos pecadores e inventou um bem cabeludo, mas não considerou que mentia, se ainda não o havia cometido, certamente um dia cometeria, então não era mentira, era apenas uma verdade que ainda iria acontecer e, claro, que também não pagou a penitência, isso ficaria pra depois

Acreditava que a vida fosse um grande penhasco, poderia tentar se equilibrar ou sentar e nada fazer, mas decidiu que era um lugar bom pra mergulhar de cabeça e mergulhou.

Uma única vez se permitiu ser totalmente verdadeira e fez um strip-tease de alma. Desnudou-se, mostrou-se por inteira e o resultado foi tão desastroso, que se arrependimento matasse, estaria morta, cremada, com as cinzas espalhadas, pelo vento.


Pq eh taum perigoso, nos mostrarmos?
Pq eu teimo ke diante de vc, eu simplismente n tenho segredos, mas tb n tem problemas
vc sabe que eu te amo, mas não te quero não!


Lin~